Bulimia - Comer e vomitar
A bulimia é o último tema desta série de posts sobre a alimentação. Depois voltará tudo ao normal até me lembrar de voltar a fazer algo de diferente...
O dia-a-dia de quem sofre de bulimia consiste em comer sem parar e muito, para depois se livrar da comida através do vómito.
Insatisfeitas com o corpo, envergonham-se deste comportamento compulsivo, que mantém no segredo do quarto ou da casa de banho, que se tornam num autêntico refúgio.
A bulimia é, à semelhança da anorexia, um fenómeno quase exclusivo das mulheres insatisfeitas com o seu corpo e desejosas de serem mais magras. Os corpos vítimas deste distúrbio não são especialmente gordos, podem ter alguns quilos acima do normal, mas também um peso inferior à estatura e à idade. Seja qual for o caso acham-se sempre demasiado gordas.
As bulímicas tal como as anorécticas apresentam uma auto-estima baixa, tendem a ser perfeccionistas mas pouco afirmativas e com dificuldades no relacionamento social, isolando-se.
A bulimia funciona, em alguns casos, como uma segunda etapa da anorexia, declarando-se durante ou após uma dieta. A jovem deixa de evitar os alimentos, mas não suporta a ideia de ter comido e, imediatamente, procura ver-se livre do que ingeriu. Daí provocar vómitos usar e abusar dos laxantes e diuréticos. Há uma grande angústia em todo este processo, angústia essa vivida em silêncio, em segredo e que acaba por envolver episódios de empanturramento e purga.
O corpo sofre as consequências deste distúrbio –as dores de estômago são frequentes, devido aos vómitos constantes; os dentes perdem o esmalte, em resultado da presença de ácidos gástricos; as glândulas salivares expandem-se, deixando o rosto com o aspecto inchado; os períodos menstruais cessam e o cabeço enfraquece.
Além de tudo isto, o vómito permanente induz um défice em potássio, levando a problemas cardíacos e podendo resultar na morte.
Assim, conclui-se que tanto este como os demais distúrbios alimentares existentes levam a um caminho de difícil retorno. Caminho este em que se perdem muitas jovens, e entre elas muitas jamais saem...
Viver com o que temos e somos não é mau de todo... afinal, “o essencial é invisível aos olhos”. Cada corpo é muito mais do que aquilo que se vê ao espelho ou os quilos que a balança denuncia! Perder uns quilos não faz mal a ninguém, é verdade, mas é preciso perdê-los com consciência e saudavelmente!