Quebrou-se a aura de ouro protectora da minha alma.
Agora ela chora, chora perdida num labirinto sem saída, fechado e com o tecto baixando-se sobre a minha cabeça.
Anseio que me esmague de uma vez. A dor será apenas momentânea. A agonia que me atormenta até à minha morte dói mais que qualquer ferida que continuamos a rasgar cravando-lhe espinhos sedentos de carne.
As trevas clamam pelo meu sangue. Em breve não mais serei que um fantasma esvoaçante por entre as sepulturas de algumas almas inocentes, perdidas no nevoeiro cerrado que por maldição lhes foi destinado.
Algures, lá fora, alguém fala sem cessar com voz estridente que provoca sulcos na minha pele.
Querem matar-me!
Ignorantes que são!
Eu já morri... podem descansar.
6 Comments:
Esta composição faz-me lembrar um livro que li há pouco tempo, cheio de mistério, cuja história era descobrir donde vinham luzes num cemitério a determinada hora da noite; não gosto deste malabarismo de palavras mórbidas construindo frases desconcertantes,ou então sou eu "imprópria para consumo" às histórias que nela encerram.
26/10/05, 16:46
Adoro a tua maneira de escrever.
Pena é o tema ser tão mórbido.
26/10/05, 18:54
Andaste a ler livros do Zé Luís Pixoto outra vez? Nao facas xixi na cama...
27/10/05, 18:05
Olá Monique,
Não deixes de colaborar ( €€€ ) com os teus colegas. Olha as jantaradas ;)
28/10/05, 18:54
Oi Monique,
Eu sou um admirador da tua maneira de escrever e, ao mesmo tempo, gosto do teu estilo "dark".
Havia outros blogs do estilo (Alvo Luto e Avô Quimera)que infelizmente acabaram. Tens agora essa responsabilidade sózinha.
Parabéns pelo texto.
Boa semana e bfs
30/10/05, 10:57
Olá Monique,
Desta vez passei para te deixar um beijo.
É que durante umas semanas não poderei aparecer para te ler porque o trabalho assim o exige.
Mas voltarei. Os fãs voltam sempre.
Até breve.
Beijo
01/11/05, 09:16
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