Sócrates, onde andas com a cabeça???!!!

A medida anunciada por José Sócrates de autorizar a venda de medicamentos sem receita médica em supermercados, continua a dividir os especialistas: médicos e farmacêuticos dividem-se sobre se todos os medicamentos de venda livre deverão continuar a sê-lo.
A pílula do dia seguinte é um dos medicamentos que se vendem sem receita médica e que poderá passar a ser adquirida nos supermercados. Apesar da maioria dos especialistas considerarem que a venda nas superfícies não traz riscos, alguns vêem na pílula do dia seguinte o exemplo paradigmático da necessidade de reavaliar e restringir o grupo de remédios que passarão a ser comericalizados fora das farmácias.
É necessário que a lista de medicamentos não sujeitos a receita médica seja "reavaliada, para verificar o que pode ou não ser incluído" nesta nova forma de venda, defende o presidente do colégio de especialidade de ginecologia e obstetrícia da Ordem dos Médicos, Luís Graça. Luís Graça explica que a contracepção oral de emergência apresenta "grande concentração de estrogéneos", que traz perigos para quem sofre de doença vascular; e, que "pode ter efeitos secundários graves". Esta deve ser "uma excepção".
Walter Oswald diz que "os medicamentos de venda livre não são todos iguais e que uns acarretam maiores riscos"; frisa ainda que "é inacreditável que possa ser vendida num supermercado."
Maria José Alves, coordenadora de consulta de mães adolescentes grávidas na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, diz que, independentemente do ponto de venda, o mais importante é explicar às mulheres que a pílula do dia seguinte não deve ser usada como contraceptivo regular.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Obstetrícia, Carlos Santos Jorge, acredita que a venda da pílula do dia seguinte nos supermercados não alterará a situação actual. "As jovens já a consomem como contracepção regular, mesmo sendo vendida só em farmácias." Defende antes que a venda do medicamento seja acompanhada de uma explicação, por exemplo através de um folheto informativo.

A minha opinião pessoal: é uma estupidez a pílula do dia seguinte ser vendida em supermercados, porque se este método já é quase utilizado como "regular" não se deveria contribuir para que este facto aumente! Além do mais, como é sabido, este método anticontraceptivo provoca efeitos secundários que não são os melhores. E quanto a trazer um folheto informativo!? Sejamos realistas! Quem está preocupado com o risco de engravidar não vai propriamente pôr-se a ler folhetos!!!