Olhei-te e vi o céu...
És o anjo que me pertence e ao qual eu própria pertenço. Desde o momento em que ouvi o meu coração chamar por ti percebi o que significavas para mim. És o sol que me dá vida.
Sorrio quando penso em ti, na tua beleza, no teu sorriso, na tua simpatia e doçura que emanas. És o mais belo dos seres existentes.
Rogo aos deuses que jamais te tirem de mim. Desejo poder ver esses teus olhos brilhantes e meigos até ao fim dos meus dias. O meu último suspiro será para dizer que nunca te esquecerei e que te amarei para lá da eternidade imaginária.
És a estrela que me aquece a alma quando gelo pela dor que me atormenta.
Estou só, aliás sempre o estive. Só num lugar que não é o meu e não me pertence, onde quem vejo não me conhece e de quem não quero nem espero nada.
Gostava de navegar pelos mares do tempo e parar no futuro. Naquele futuro que anseio que chegue. Aquele onde seremos apenas eu e tu. Onde existirá um nós em cada coisa que façamos.
Perco-me nos pensamentos que me livram do instante doloroso da distância. Percorro as linhas da vida e preencho-as com palavras perdidas numa tela sem fundo, onde os sons não têm eco e a vida não tem noite.
Corro numa almofada que me fugiu, que deixei livre e não voltou. Talvez não fosse minha ou precisasse de continuar criança.
Eu cresci rápido demais e ela permaneceu jovem, presa aos seus delírios de adolescente estouvado.
Talvez eu me tenha perdida de mim mesma e apenas me volte a encontrar para lá do labirinto que me cerca os passos outrora confiantes.