1 de Setembro de 2004

Faz nestes dias um ano que Beslan viveu um pesadelo!
Um ano depois os acontecimentos continuam bem presentes. A tomada da escola, no primeiro dia de aulas (1 de Setembro de 2004), por um comando tchetcheno que provocou o pânico em toda a Rússia e o ódio em todo o Mundo, que certamente condenou e continua a condenar factos deste tipo.
Crianças, pais e professores (ao tudo cerca de 1000 pessoas) foram feitos reféns numa escola que supostamente iria retomar as aulas num dia normal igual a tantos outros. No entanto, o dia foi tudo menos igual e muito menos normal como tantos outros! Não foi um, mas três dias de medo, pânico, sofrimento e agonia; quer por quem estava dentro quer fora da escola!
O governo russo, muito contestado e criticado, não cedeu aos terroristas nem às suas reivindicações. Três dias após o início do horror a polícia russa conseguiu libertar os reféns. No saldo final contaram-se 331 mortos, entre os quais 186 crianças.
Os familiares das vítimas decretaram dia 1, 2 e 3 de Setembro como dias de luto, onde afirmam não quererem ver os que foram os causadores da tragédia, isto é, o governo Russo, com grande relevo para o Presidente Putin.
Uma resignação dorida habita as vítimas e aqueles que viveram de perto o horror, que vivido há um ano está certamente bem presente na memória do povo russo e, talvez, não abandone estas pessoas até ao fim das suas vidas.
A dor rasga o coração com uma faca que corta uma fruta, dilacera e deixa marcas profundas. A saudade é um ferrão de abelha que faz a alma inchar e, para quem nunca mais irá ver o filho, a mãe ou um ente querido é intensamente doloroso...A esperança nunca morre e como tal resta acreditar que um dia episódios como estes não mais se repitam e, que o primeiro dia de aulas seja apenas mais um dia de aulas; normal e igual a tantos outros!