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A música preenche o ar e suaviza a dor nos meus ouvidos, acalmando o turbilhão de pensamentos que me assalta e perturba a alma.
Algures num futuro prometido e bem real livrar-me-ei de tudo, deste mundo que não quero, desta vida que me faz mal, das dores e do medo.
Durmo num manto branco que voa sob as nuvens de algodão macio. Ao meu lado estão todas as imagens de quem amo neste momento, aqueles que amo desde que me conheço e outros que amo desde que os conheci. Mesmo não amando a todos, não odeio ninguém. O ódio não é digno da importância e do tempo que lhe são atribuídos, tal sentimento não é digno de nada!
Esqueço pessoas que existem, pessoas que, na verdade, nem conheço, que não lembro, que ficaram presas num passado que nunca desejei e que não quero no presente que vivo.
As dores agudizam o ser mas há a certeza que são momentâneas.
Sofro, suporto e passará!
Tudo passa. Tudo menos o amor!