A luz do teu olhar voltou a mergulhar no meu, tomando o meu ser como teu, fazendo como que o sol voltasse a penetrar na minha alma aquecendo o sangue congelado pela saudade.
Saudade... palavra que ultimamente povoa demasiadas vezes o meu discurso e, no entanto, apenas é usada para se referir a ti.
És a parte de mim que deixo no ponto de partida mas que na verdade está comigo no ponto de chegada e em qulaquer lugar onde eu pise o chão que me sustenta. A parte única que me acompanha a cada e todo instante e que me preenche o coração com um sorriso enorme partilhado pelo horizonte que se deita juntamente na mesma cama com a noite.
Cada palavra ecoante nestas paredes cravejam-me a pele do sentimento de carência da tua presença. O teu sorriso lembra-me o anjo que me acompanha nos dias mais sóbrios e tristes, o teu olhar mostra-me a profundidade do teu amor e, o teu coração faz-me voar nas asas das nuvens transparentes sedentas de ternura e sol doce.
Cada melodia que hoje me invade faz-me acreditar que és para todo o sempre. Tenho certeza que és o anjo que me foi destinado à nascença, a outra parte e metade que me faltava, para completar o que em mim não estava inteiro.
Que nunca te afastes de mim e sempre batas à minha porta com o sol no olhar e o mundo na mente, o nosso mundo!
Somos cada vez mais fortes e, por maior que seja a saudade, nada diminui o que entre nós há de belo e bom.
És a doce almofada que me embala o sono, a meiga melodia que me traz os sonhos, és a minha vida! Cada momento sem não faz sentido, cada lugar sem a tua companhia é o mais enfadonho, triste e vazio que pode existir. Sem ti o abismo torna-se real e o labirinto ergue-se à minha volta.
Sinto a tua aura pura e cintilante protegendo-me a cada passo que dou.
Somos tão diferentes e tão iguais. Cada ideia, cada pensamento, cada desejo, cada gesto, cada palavra, cada sonho... Completamo-nos na perfeição da palavra!
És o meu anjo e toda a minha vida.

Fátima felgueiras detida...

O caso mais enigmático de Felgueiras tem um novo capítulo (não perguntem qual porque já perdi a conta!), o facto, é que Fátima Felgueiras foi esta manhã detida no aeroporto de Lisboa, onde chegou às 7:00 vinda do Rio de Janeiro, no Brasil.
Segundo fonte da Polícia Judiciária, citada pela Agência Lusa, a ex-presidente da Câmara de Felgueiras pediu para ser detida, o que foi cumprido pela PJ, que estava na posse de um mandado de detenção emitido pelo Tribunal da Relação de Guimarães.
Fátima Felgueiras estará a ser conduzida ao Tribunal Judicial de Felgueiras para ser ouvida pelo delegado do Procurador da República, o que poderá acontecer ainda hoje.
Segundo a Agência Lusa, a ex-autarca vai entregar ao tribunal um requerimento a solicitar a alteração da prisão preventiva, decretada em Maio de 2003, data em que se fugiu para o Brasil.
Fátima Felgueiras alega que já não existem as três razões invocadas para lhe impor aquela medida: o perigo de perturbação do inquérito (o inquérito está terminado), o de continuação da alegada actividade criminosa na Câmara (renunciou ao mandato) e o de fuga (regressou voluntariamente do Brasil para "provar" a sua inocência).
Caso o Tribunal não lhe conceda a liberdade, poderá manter a prisão preventiva, ou alterar a medida de coacção, optando pela prisão domiciliária, pelo pagamento de uma caução, ou mesmo pela imposição do sistema de pulseira electrónica.
Fátima Felgueiras está acusada de 23 crimes, entre os quais o caso conhecido como o "saco azul de Felgueiras", cujo julgamento está marcado para 11 de Outubro.

De volta... ao mundo das aulas

Eis outro ano que começa!
O bem bom acabou e agora é dar no duro, pois mais um ano lectivo hoje começa. Igual a tantos outros e ao mesmo tempo tão diferente.
Para mim será em tudo diferente ao ano passado. Neste que é o segundo ano do curso eleito, as responsabilidades crescem, ainda mais para quem deixou uma cadeira que agora terá de ser feita com esforço acrescido. Ao menos aprendi uma grande lição –as coisas valem pelo esforço que depositamos nelas –e grande verdade também.
De facto, tudo nos sabe melhor, mesmo se com esforço, no final vencemos.
O 1ºano na Universidade, seja ela qual for, é igual para tanta gente.
Sair de casa, deparar com a praxe, novos amigos, a nova casa, noite... afinal tudo é novidade e, porque não experimentar TUDO?!
Pensamos que nunca é tarde para começar a ganhar “tino”, estudar ou ir a umas aulas... pensa-se que ser caloiro justifica todos os erros e as notas desastrosas no final do 1ºsemestre (desenganem-se).
Adopta-se uma nova atitude e postura perante o 2ºsemestre e após a queima estuda-se tipo maluco. Mete-se na cabeça em meia dúzia de dias o que se deveria aprender e perceber durante um ano lectivo inteiro!!
Lutamos, estudamos, fazem-se directas, pede-se ajuda e explicações aos amigos (obrigada romano, não me esqueci de ti!), faz-se mil por uma linha e no final fazem-se 5 cadeiras quase sem saber como; percebendo-se que afinal não seria difícil ter uma excelente média e tudo feito direitinho se se fosse dormir umas horas mais cedo e marcar presença em mais algumas aulas.
O futuro depende unicamente da nossa conduta! Estamos aqui para no final estar aptos a exercer determinada profissão, num curso que é o nosso sonho. Portanto, para que ele não se esfume tipo nevoeiro há que agarrá-lo e merecê-lo.
Caloiros de hoje e de amanhã, não deixem que a novidade, o apelo à noite e a “seca” das aulas vos faça perder o que realmente querem, aquilo que lutaram para fazerem parte desta família, a ”Academia do Minho”.
Quanto à praxe não tenham medo, ela não é nenhum bicho papão... ou talvez seja!!
Todos são bem-vindos e ao fim de um tempo sentir-se-ão integrados nesta casa, que será a vossa.
Bom ano lectivo a todos.
Grande abraço**

“Bom-dia! –disse a raposa.
- Bom-dia! –respondeu o principezinho com delicadeza. –Quem és tu? És bem bonita...
- Sou uma raposa... ainda ninguém me cativou! –respondeu a raposa.
- Ah! Perdão! –disse o principezinho.
Mas, depois de ter reflectido, acrescentou:
- Que significa cativar?
- Tu não deves ser daqui! –disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos. Que significa cativar?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu. –disse a raposa. Significa criar laços.
- Criar laços?
- Isso mesmo. –disse a raposa. Para mim tu não passas, por enquanto de um rapazinho em tudo igual a cem rapazinhos, eu não preciso de ti e tu não precisas de mim. Para ti não passo de uma raposa. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei única no mundo para ti... E será como se o sol iluminasse a minha vida. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso.”

Saint-Éxupéry, O Principezinho

Está a chegar a bendita hora! A hora de te voltar a ver...

Cativaste-me quando menos esperava e quando menos queria ser cativada! Deste-me a luz quando apenas via as sombras! Obrigada!

Pessoal está tudo bem :) isto é só muitas saudades! Sim, CP há muitos sonhos cor de rosa e, não é com isso que sobrevivemos neste mundo?!

Abraço*

O sol hoje não nasceu!
A noite, mais uma vez, foi longa, demasiado longa até...
Os sonhos traíram-me e o meu coração sangrou. Senti a dor durante o sono, a dor da traição.
A dor que um dia prometemos não haver entre nós.
A chuva impiedosa molha o meu cabelo. A água escorre pelo meu pescoço, percorrendo as minhas costas até morrer na camisola já encharcada que me gela o corpo.
O corpo gelado e morto pela traição. O coração parado deixou de aquecer o sangue que me dava vida.
Adormeci para não mais acordar. Durmo num sono profundo e eterno onde não existem pesadelos.
Dói-me o corpo frio. Dói-me a dor que me craveja a alma e o ser. Morro aos poucos por não te ver. Perco a força e a vontade de viver e, temo que quando voltares mais não haja que uma sepultura onde esteja esculpido o meu nome.
Não resisti ao sofrimento, à saudade, à tristeza, à traição. A vida reflecte os sonhos. No sonho morri pela traição, na vida morro pela saudade cruel que me suga a alma.
Como foste capaz?
Destino maldito que me separas da razão do meu viver. Odeio-te por me trazeres a dor e o abismo de volta. Como és capaz de me fazeres perder novamente no labirinto sem saída que me está a matar.
A chuva cai ruidosa e sedenta de vida, mesmo que apenas a tenha por breves instantes. Nasce no céu e morre na terra, que a acolhe carinhosamente.
A cor do meu céu, tal como a da pele, é branca. Sem ti nada tem importância, nada faz sentido e tudo desaparece.
Tento abstrair-me do vazio que me preenche e teima em me invadir.
Mesmo querendo não pensar em ti, por um momento que seja, não consigo. Estás sempre presente em mim. Tudo em mim não se esquece de ti.
A tua voz, a tua pele, o teu cheiro, as tuas mãos, o teu sorriso, o teu olhar... é como se te visse todos os dias, conheço cada pormenor teu.
Envolvo-me nas lembranças de todo o tempo que passamos juntos, de cada instante perto de ti e adormeço.
Quando acordar estarei contigo.

1 de Setembro de 2004

Faz nestes dias um ano que Beslan viveu um pesadelo!
Um ano depois os acontecimentos continuam bem presentes. A tomada da escola, no primeiro dia de aulas (1 de Setembro de 2004), por um comando tchetcheno que provocou o pânico em toda a Rússia e o ódio em todo o Mundo, que certamente condenou e continua a condenar factos deste tipo.
Crianças, pais e professores (ao tudo cerca de 1000 pessoas) foram feitos reféns numa escola que supostamente iria retomar as aulas num dia normal igual a tantos outros. No entanto, o dia foi tudo menos igual e muito menos normal como tantos outros! Não foi um, mas três dias de medo, pânico, sofrimento e agonia; quer por quem estava dentro quer fora da escola!
O governo russo, muito contestado e criticado, não cedeu aos terroristas nem às suas reivindicações. Três dias após o início do horror a polícia russa conseguiu libertar os reféns. No saldo final contaram-se 331 mortos, entre os quais 186 crianças.
Os familiares das vítimas decretaram dia 1, 2 e 3 de Setembro como dias de luto, onde afirmam não quererem ver os que foram os causadores da tragédia, isto é, o governo Russo, com grande relevo para o Presidente Putin.
Uma resignação dorida habita as vítimas e aqueles que viveram de perto o horror, que vivido há um ano está certamente bem presente na memória do povo russo e, talvez, não abandone estas pessoas até ao fim das suas vidas.
A dor rasga o coração com uma faca que corta uma fruta, dilacera e deixa marcas profundas. A saudade é um ferrão de abelha que faz a alma inchar e, para quem nunca mais irá ver o filho, a mãe ou um ente querido é intensamente doloroso...A esperança nunca morre e como tal resta acreditar que um dia episódios como estes não mais se repitam e, que o primeiro dia de aulas seja apenas mais um dia de aulas; normal e igual a tantos outros!