A esperada lista foi lançada...
Mais um ano lectivo se aproxima e mais uma vez a mesma situação se repete...
Este ano 40 mil professores ficam no desemprego. Os anos passam e estes vêem o destino a passar-lhes longe do alcance das suas mãos!
Pior!!, os anos passam e como espectadores que puxam atrás a fita de um filme vêem a mesma situação suceder-lhes uma e outra, e mais outra, e ainda outra e outra vez...
Todos os anos esperam que o nome apareça na “bendita” lista dos colocados e, se tal acontece, muitos dos “sortudos” preparam-se para em poucas horas meterem mãos à obra para arranjar nova casa, nova escola para os filhos e novo ânimo para enfrentar mais uma mudança, mais um desgaste e mais um ano, que no final acabará da forma de tantos outros, para verem a situação de novo se repetir... mais uma vez!
É duro ver a frustração e a desilusão estampada no rosto daqueles que amamos, porque mais uma vez não tem posto de trabalho; mas o que ainda custa mais é o facto de não poder fazer nada para ajudá-los...
(Falo por experiência própria, o meu irmão é professor há três anos e, em três anos não foi colocado. Sei que três anos não é nada quando comparado a pessoas que o são, por exemplo, a 16 anos e todos os anos pegam na “casa às costas” rumo a outra escola. Mas dói ver que uma pessoa jovem, com gosto pelo que faz e com desejo de trabalhar, não tem emprego).
O número de professores desempregados aumenta e assim também aumenta o montante gasto em subsídios de desemprego com os mesmos. Depois ainda há “certas” pessoas que aumentam a idade de reforma dos funcionários públicos. Os novos com força e vontade de trabalhar ficam de fora observando os velhos e já fartos ocuparem um posto que poderia ser deles.