Aqui está o meu blog. Espero que gostem, comentem e divulguem por aí!! Será essencialmente um blog que reflectirá os meus pensamentos e o modo como vejo o mundo! E não se esqueçam: aproveitem a vida!

terça-feira, junho 28, 2005

Tudo me dói, tudo me magoa...
O meu medo tornou-se real!
Tudo me faz sufocar!
O barulho ensurdecedor que me leva à loucura, a dor no peito que me mata lentamente, o mundo que me prega rasteiras, o abismo da culpa sempre presente...
...
O caminho fugiu-me.
Perdi-me nas brumas do estranho e na loucura dos meus próprios pensamentos.
Estou embriagada pelo medo do escuro, da solidão que não me deixa respirar, pelo vazio que me tira as forças a cada instante passado.
As minhas pernas fraquejam...
O horizonte está cada vez mais longe, falhei o meu destino e perdi-me no mundo imaginário, onde o sol não existe e as estrelas queimam o coração que está seco, onde já não corre sangue, onde o vazio se apoderou de tudo o que tinha.
O labirinto tirou-me a vida.
As portas desapareceram!
Não há fuga possível...
As janelas estão trancadas e apenas há uma imensidão de medo, de solidão, de um mundo que me sufoca e me faz estalar o coração.
...
Algo me faz percorrer o caminho pelo sentido inverso.
Corro... Tento fugir ao meu trágico destino!
Encontro uma saída da loucura que me enlouquece...
Enganei-me, não é uma saída! É a entrada para outro labirinto, o labirinto da morte, onde clamam o meu nome com ânsia de carne fresca...
...
Acordo!
Levanto-me...
Foi tudo mentira... o mundo continua radiante e o sol brilha por entre um dia nublado.
Um aperto no coração começa a doer...
Tudo me dói. Sinto que não foi um sonho, mas a visão premeditada de uma morte que se aproxima.
Estou a sufocar.

domingo, junho 26, 2005

O Tsunami de 26 de Dezembro de 2004

Seis meses passaram desde o fatídico dia 26 de Dezembro, mas a tragédia continua bem presente; principalmente para aqueles que viveram o drama na primeira pessoa.
Muitos ficaram sem nada, outros sem família, sem casa...
No fundo, todos perderam algo, pois ninguém ficou indiferente à tragédia e, todos perderam a segurança de olhar o mar que lhes trouxera tanta dor e destruição.
Seis meses depois as buscas ainda não acabaram, no total estimam-se mais de 250 mil mortos e desaparecidos, o número certo talvez nunca seja descoberto.
O dia 26 de Dezembro de 2004 estará eternamente gravado na memória de todos os que viveram de perto o tsunami. Para muitos era apenas mais um dia calmo, para outros a esperança de umas férias de sonho que se transformaram no horror...
Um dia calmo de descanso que não lembrava a ninguém semelhante desgraça e destruição.

terça-feira, junho 21, 2005

Perdi-me…
Onde me encontro?!
Vasculho nas brumas da cinza… Procuro-te, procuro-me!
Onde andas?
Porque me deixas sozinha, sem saber por onde ir?
Grito por ti… não obtenho resposta!
Quero navegar no mar do teu ser, tocar a tua alma e beijar-te o pensamento…
Caminhei nas ondas do meu sangue…
…perdi-me e encontrei-me em ti!
És o mar que me embalou e o sol que me aquecia…
Adormeço!
Meu anjo protege-me deste mundo cruel… prende-me no mundo dos sonhos e deita fora as chaves das minhas correntes!
Anseio sair pela entrada do labirinto em que me perdi, quando te vi pela primeira vez…
Sou tua…
Ainda sou tua...
Abraçaste-me com as asas do teu coração e fizeste-me acreditar que estava viva!
Dói-me a saudade que sinto de ti…
Estala-se a alma só de te olhar…
Aqui estou eu… mais uma vez sozinha, perdida de novo num mundo que não é o meu… não me pertence nem eu lhe pertenço…
Não fico triste nem estarei!
Sou dona do meu próprio mundo e aí só entra quem eu quero! Quem dita as regras sou eu…
Sou sempre quem ganha nesta vida que não escolhi mas que me impuseram…
O ar aquece-me o corpo mas não a alma… renego o sol que me dói no olhar mas que te torna invejosamente perfeito…
Penso em ti…
Deixo-me levar ao sabor do vento e das ondas que me levam rumo ao horizonte para junto do sonho eterno…
Ao virar de uma esquina ao fundo de uma rua sem saída reparei em ti…Tinhas um olhar meigo e doce… a tua voz suave não mais me saiu da cabeça… deixei que o coração me guiasse e… apaixonei-me por ti.
Jamais conseguirei arrancar-te da minha alma…
A lua beija-te na noite escura…
Como a invejo!
Vou voar até ela e com um sopro tornar-se-à em pó.
Desejo que o tempo desapareça e que o mundo me caiba na palma da mão!

sábado, junho 18, 2005

Quem disse que o Amor é a cura?!
Devia estar louco!
O Amor é a doença que me leva à morte...
...
Sonhei andar na praia.
As gaivotas pairavam sobre mim, o mar agitava-se até chegar a mim, deixando a sua frescura no meu corpo...
Repentinamente folhas soltas flutuam e fogem à minha frente.
Corro no seu encalço. Fogem-me! Não consigo alcança-las... É em vão que corro... Páro! À minha frente abriu-se um enorme abismo e as folhas desapareceram nele...
Ao meu lado nasce e cresce uma árvore à velocidade da luz... Aninho-me e fecho os olhos.
Um qualquer ser sem cara pega-me ao colo. Adormeço!
Acordo no meio de um imenso campo repleto de flores... Estou só!
Olho o céu, é tão azul e tranquilo.
Levanto-me e começo a caminhar. Após horas a fio caminhando alcanço o que penso ser uma estrada. Qual o meu espanto ao ver barcos de madeira em vez de carros!!
Dão-me boleia... Eu aceito!
Os barcos voam em direcção ao céu! Ao chegar lá indicam-me uma nuvem... Deito-me. Alguém me cobre...
Fecho os olhos...
Abro-os...
Não há mais nada...
Ficou tudo preto...
Mas, onde estou eu?!
Não há resposta... aliás, não há nada mais a não ser uma enorme escuridão e eu...
Eu e a solidão.
Eu e o preto.
Estou perdida!

segunda-feira, junho 13, 2005

Voo nas asas da imaginação de uma flor que cheira a mel e me pega ao colo quando o meu coração chora nuvens salgadas e transforma o rio do mar.
Corro nas ruas povoadas de vazio e quentes. O sol brilha e acaricia-me os cabelos molhados e despenteados pela brisa agitada de uma manhã de Primavera.
Quero chegar à meta da vida e subir ao pódio do céu transparente que existe somente para mim.
Perco-me da minha flor e peço ao pássaro que sobrevoa a minha cabeça que me dê boleia até às nuvens que bailam felizes na melodia cantante das estrelas ofuscantes e em fogo ardente.
Em breve atingirei a lua que brilha redonda na sua taciturnidade habitual. É ela que me guia nesta amostra de vida que me deram e que me roubam a cada dia que passa. Dias lentos e arrastados que me fazem crescer cabelos brancos e nascer as rugas do coração, que envelhece a um ritmo veloz.
Porque terei eu de cumprir a pena dos outros humanos asquerosos e imundos que teimam em parecer importantes e que ocupam o lugar que me foi destinado…
Odeio-vos seres imundos e cobardes!
Um dia resplandecerei como uma estrela no seu tempo de glória e esmagar-vos-ei como quem calca uma formiga indefesa. Jamais voltarei a baixar a cabeça…
Sou capaz e forte! Sim, eu sei…
Daqui em diante o meu barco navegará sempre rumo ao horizonte! Rumo à paz, à vitória, ao sucesso e à felicidade de saber amar a vida.
Despeço-me deste mundo que me destruiu.
Saúdo o horizonte que me espera e que me acolherá.

quarta-feira, junho 08, 2005

Que maravilhas!

Hoje decorreram as performances de Técnicas de Expressão e como não consegui ficar indeferente vim por este meio parabenizar todos os grupos que apresentaram o seu trabalho.
Foi um dia cansativo mas muito reprodutivo, houve de tudo um pouco e na minha opinião todas as performances estavam boas, bastante boas até!
A minha foi mesmo para a parvalheira, ou não fosse o título: "O Sarau da poesia do absurdo".
Foram muitos ensaios, com muito calor e cansaço, mas valeu a pena, pelo menos para mim.

Agora há que enfrentar os exames que já espreitam!
Boa sorte a todos!

sábado, junho 04, 2005

Sinto-me a explodir devido ao clamejar das emoções retidas que me agitam e latejam a minha cabeça.
Sinto as veias a estalar de tanta pressão.
Abram-me a porta da liberdade e que se descodifique o código para chegar até ela e poder regressar a casa.
Quero voar livre e leve para a paz que necessito.
Estou a enlouquecer! Que alguém me venha tirar desta insanidade viva que me consome a um ritmo alucinante e que em breve extinguirá aquilo que sou. Do que fui já não há vestígios. Agora tenho simplesmente de me adaptar às mudanças...
Desejo adormecer num sono profundo e matar este cansaço corporal que agoniza a minha débil alma.
Estou perdida, encontro-me na cena errada do teatro da minha vida, o filme do diário de uma jovem em vias de atingir a demência total...
Neste instante abate-se sobre mim a vontade de voltar a ter asas e viver com os anjos.
Refugio-me sob um qualquer tecto que encontro nas trevas do labirinto da alma que fraqueja ao virar de cada esquina.
Isto já não é o que era; nunca foi o que deveria ser; não é aquilo que deveria ser e, temo que não será o destinado a ser...
Nunca fui destinada a ser!

sexta-feira, junho 03, 2005

O fim espreita...

O fim de mais um semestre está a chegar e venho por este meio avisar os caros leitores do meu blog que o entrarei em "retiro espiritual" para preparação dos temíveis exames.
Por este motivo e também pelo facto de estar a ficar "cansada" de escrever apenas escreverei quando sentir necessidade de postar algo. Assim darei descanso aos vossos olhinhos de lerem as minhas lamechices...
Para todos vocês: muita força para estudar e muita sorte para os exames. Para o ano cá estaremos, ou não, novamente juntos!

As coisas valem pelo empenho que nelas depositamos.
Fica o mote.

Abraço a todos!!